É escassa a informação sobre a forma como os russos estão a entender esta guerra, alerta Gustavo Cardoso, professor do ISCTE, à rádio Observador. A interrupção de Marina Ovsyannikova de um dos noticiários russos mais vistos, a 14 de março, deixou o alerta sobre a propaganda que estará a ser divulgada.
No entender de Gustavo Cardoso, “não sabemos até que ponto a população dentro da Rússia está a ter um padrão de comportamento diferente do que tinha antes da guerra na Ucrânia. Protesto (ao regime) também havia antes” Jornalismo. “Também não podemos acreditar em tudo o que vem do lado ucraniano” – Observador.
“O jornalismo na Rússia está ainda muito na senda da voz do Estado e dos poderes”, contextualiza Gustavo Cardoso. Por outro lado, os russos estão muito habituados a ter uma relação diferente com os meios de comunicação social. Há quem saiba diferenciar a voz do Estado das outras vozes, considerou.
“Na comunicação em rede de hoje, temos informação através do jornalismo e através de diferentes ecrãs e meios, temos rádio e televisão que podemos ver de forma tradicional mas também através da internet”, contextualizou o investigador, professor do ISCTE.