O último painel do dia 29 abril do I Congresso de Jornalistas dos Açores tratou o tema “Desinformação na Era dos Novos Media” e contou com a participação de Daniel Catalão, jornalista da RTP e professor universitário, Miguel Crespo, professor do ISCTE-IUL e investigador do IBERIFIER, e Nuno Martins Neves, jornalista do Açoriano Oriental, tendo a moderação sido assegurada por Ana Gil, professora da Universidade dos Açores.
As conclusões do encontro, que reuniu mais de 100 jornalistas, relacionadas com este tema foram cinco. A primeira aponta que numa época dominada pelas notícias falsas, a par da divulgação de ferramentas de Inteligência Artificial, urge combater a desinformação e os muitos riscos e ameaças que ela gera, como o populismo e a manipulação da opinião pública.
A segunda: o combate à desinformação passa por consciencializar a classe jornalística da necessidade de descontruir a falsa notícia através da confirmação dos factos. Refere-se, porém, que esta atuação está fragilizada pelas dificuldades que a profissão atravessa: redações reduzidas, excesso de trabalho. E por isso se considera fundamental dotar os jornalistas de condições necessárias aos seu desempenho (terceira e quarta conclusão associada à desinformação).
A reflexão abordou ainda a necessidade de promover a literacia para os media, para formar públicos com espírito crítico. As restantes conclusões podem ser consultadas aqui: https://jornalistasacores.com/conclusoes/?fbclid=IwAR3vvgroIpjSntFcLL-B-gubXR7Zlk1h-oCAUqS2azIPkq8kH2DKlf83svA
Um dos pontos altos deste congresso foi a participação do jornalista de investigação Michael Rezendes, descendente de açorianos, Prémio Pulitzer por duas vezes, que integrou o painel sobre “O Poder do Jornalismo de Investigação”, ao lado do jornalista Pedro Coelho, de “O Consórcio”. A página do Congresso fornece mais elementos sobre os participantes e análises que juntou jornalistas e académicos. https://www.facebook.com/profile.php?id=100089644546193 Fotos de Hugo Moreira.