O investigador Miguel Crespo participou na edição de 13 de junho do programa “Sociedade Civil”, transmitido pela RTP2, que teve como tema “As teorias da conspiração”. Segundo Miguel Crespo, os grupos que alimentam teorias da conspiração costumam ser espaço para a partilha de desinformação. “Se formos a essas redes e procurarmos por esses grupos, percebemos que circulam neles muitas mensagens em que o problema é sempre o sistema e são sempre os outros (os culpados)”, refere. Esses grupos alimentam-se da desinformação e das teorias da conspiração, diz Miguel Crespo, como se prova facilmente durante o período da pandemia Covid-19.
Na opinião de Gil Baptista Ferreira, professor coordenador no Instituto Politécnico de Coimbra, outro dos convidados, as teorias da conspiração oferecem explicações simples para problemas complexos.
Mas poderá o jornalismo contribuir de alguma forma para as teorias da conspiração. O investigador do IBERIFIER dá um exemplo. Vejamos: no caso Camarate, quando se chega a um ponto que não há mais desenvolvimentos a noticiar, se o jornalismo continua a querer explorar o assunto, pode contribuir para a teoria da conspiração. O jornalismo deve também saber quando deve dar por terminado a notícia de determinados casos, defende.
Na edição da “Sociedade Civil”, conduzida por Luís Castro, participaram ainda Renato Rocha, guionista e autor de um podcast “Teorias da Conspiração”, Fernando Neves, autor de um livro intitulado “Teorias da Conspiração”, que conduz um programa de rádio na Antena 1 sobre a temática e Frederico Duarte Carvalho, autor da obra “As conspirações que mudaram o mundo”.