IBERIFIER presenta los resultados de tres años de investigación sobre desinformación y medios digitales

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El observatorio IBERIFIER, coordinado desde la Universidad de Navarra, ha compartido recientemente en la Asociación de la Prensa de Madrid (APM) el progreso de su investigación sobre la propagación de la desinformación en medios digitales, tras un período de tres años de análisis de este fenómeno en España y Portugal. La investigación, que cuenta con la colaboración de más de 70 expertos y periodistas de alrededor de veinte entidades diferentes, se ha dedicado a la verificación de innumerables falsedades, analizando la naturaleza y las tendencias de la desinformación en ambos países.

Los encargados de revelar los hallazgos de este estudio fueron Ramón Salaverría, Catedrático de Periodismo en la Universidad de Navarra y coordinador de IBERIFIER, y Gustavo Cardoso, del Instituto Universitario de Lisboa, quienes enfatizaron la colaboración transfronteriza como un pilar clave para el éxito del proyecto. La discusión también incluyó perspectivas sobre la desinformación en Europa, con intervenciones de Kristztina Stump de la Comisión Europea, Paula Gori del Observatorio Europeo de Medios Digitales (EDMO), además de Gustavo Cardoso y Ángel Badillo del Real Instituto Elcano. Por otro lado, la situación específica en España fue abordada por Marina Rodríguez, de la Unidad de Ciberseguridad y contra la Desinformación, Juan Gómez-Romero, de la Universidad de Granada, entre otros.

Tras el último anuncio de la Comisión Europea, el proyecto recibirá financiación hasta 2026, permitiendo la incorporación de nuevas agencias verificadoras y expandiendo el consorcio a 25 miembros, todo bajo la dirección de la Universidad de Navarra. Un nuevo objetivo es ampliar el análisis de la desinformación a nivel de países hispanohablantes y lusófonos.

Iberifier em Madrid: Balanço da primeira etapa inclui 15 estudos sobre desinformação e média digitais

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O projeto Iberifier juntou os principais investigadores na capital espanhola, durante os dias 15 e 16 de fevereiro, com o objetivo de fechar a primeira parte dos trabalhos, decorridos nos últimos três anos. Ramón Salaverría, professor catedrático da Universidade de Navarra, e coordenador do consórcio ibérico, referiu que foram realizados mais de 15 relatórios sobre desinformação e estudos de media digitais, 58 artigos científicos da autoria dos investigadores e mais de 4500 verificações dos parceiros. Gustavo Cardoso, professor catedrático do ISCTE – IUL, responsável pela equipa portuguesa, sublinhou, na conferência de 16 de fevereiro, que a grande vantagem do consórcio é articular organismos com várias valências. “A diversidade tem sido a nossa força”. O IBERIFIER reúne investigadores ligados à academia de diferentes áreas mas também verificadores das principais plataformas ativas em Portugal e Espanha, do Polígrafo à Maldita.

Na “Asocioción de la Prensa de Madrid”, onde decorreu a conferência dia 16, Ramón Salaverría anunciou a continuidade do projeto, por outros três anos, com um financiamento adicional de 1,27 milhões de euros. Nesta nova fase, o observatório vai remodelar a designação e passar a chamar-se Observatório Ibérico de Média Digitais, mantendo a sigla IBERIFIER. na nova fase do consórcio, este contará com novos parceiros: o verificador espanhol Newtral, o Instituto Politécnico de Viseu e o Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas, LIP-

Gustavo Cardoso aproveitou para analisar o fenómeno da desinformação, integrando-o na teia dos problemas relacionados com a percepção da autenticidade demonstrada pelos cidadãos na atualidade. “Afinal, de que autenticidade falamos hoje?”, questionou, dirigindo-se para a plateia. Paula Gori, coordenadora do Observatório Europeu de Média Digitais, EDMO, sublinhou que a desinformação não tem fronteiras e que é um fenómeno global, mas que o elemento local tem um papel chave e não pode ser desvalorizado.

Sérgio Hernandez, da EFE Verifica, defendeu que a informação de qualidade devia ser uma preocupação dos Estados e que a qualidade da informação devia estar no grupo das categorias que temos de proteger, como a Saúde e a Educação.

Os relatórios produzidos pelos investigadores Iberifier permitiram analisar o fenómeno a partir de diferentes perspectivas, dos padrões de consumo de desinformação na sociedade ibérica ao impacto das incorreções e falsidades na sociedade e política. https://iberifier.eu/resultados/

IBERIFIER Reports – Fact-checking Trends in Spain and Portugal

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This report investigates fact-checking initiatives in Spain and Portugal, focusing on their development, strategies, and impact on combating disinformation. It outlines the rise of fact-checking agencies, media outlets with dedicated verification sections, and the technological tools employed to identify and debunk fake news. By examining specific organizations and their methodologies, the report highlights the evolving landscape of media literacy and the collaborative efforts between journalists, researchers, and the public to foster a well-informed society amidst the challenges posed by digital
misinformation.

Congresso dos Jornalistas: “A desinformação triunfa quando consegue que as pessoas duvidem de tudo”, diz Ramón Salaverría

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O coordenador principal do projeto IBERIFIER, Ramón Salaverría, declarou no painel dedicado à literacia que integrou o V Congresso dos Jornalistas, que decorreu em Lisboa de 18 a 21 de janeiro, que o jornalismo precisa da literacia e deu um exemplo concreto: “Quando se mostra e ensina aos cidadãos a importância das fontes, isso transmite uma valorização do trabalho jornalístico. Quando se mostra que não é simples produzir jornalismo, estamos a mostrar que eventuais falhas não são deliberadas”. As notícias do congresso produzidas pelos estudantes estão reunidas neste site: https://congressojornalistas.pt/.

O painel que partia da questão “O jornalismo precisa de literacia para os média?” contou com Sofia Branco, diretora da Associação de Literacia para os Media e Jornalismo, Vítor Tomé, especialista internacional em Educação para a Cidadania Digital (Conselho da Europa); Maria João Brites, investigadora do Youth, News and Digital Citizenship, YouNDigital.

Todos eles responderam afirmativamente à questão colocada. Ramón Salaverría apontou o problema da credibilidade ao jornalismo e sublinhou que “a desinformação triunfa quando consegue que as pessoas duvidem de tudo”. Vítor Tomé explicou que a literacia não corresponde muitas vezes aos que as pessoas pensam que é. E, por isso, ela não é a panaceia para todos os males relacionados com a desinformação: “Ajuda, contribui, mas não resolve todos os problemas”, declarou.

Maria José Brites apoiou-se num estudo recente, ainda em fase de preparação, para falar do relacionamento dos jovens com as notícias. Mais de metade dos jovens ouvidos considera as notícias aborrecidas e uma percentagem muito semelhante nota ausência da sua presença nos conteúdos informativos.

Sofia Branco alertou para a necessidade do jornalismo fazer mais auto crítica. Está convencida que se os jornalistas se interrogarem mais e mostrarem aos cidadãos como se faz as notícias, despirem o processo de produção da notícia, o jornalismo sai valorizado.

Investigador IBERIFIER: Miguel Crespo é o novo director do Cenjor, escola de referência para jornalistas

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O investigador do IBERIFIER Miguel Crespo é o novo director do Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas, Cenjor. Miguel Crespo é professor no ISCTE – IUL, Instituto Universitário de Lisboa, especialista em novos média e novas plataformas, e tem um vasto currículo na formação de jornalistas.

O Cenjor, instituição de referência na formação de jornalistas em Portugal, é, aliás, um dos parceiros do projeto IBERIFIER. Desta aliança tem resultado um conjunto de iniciativas formativas em literacia mediática, que já alcançaram países de língua portuguesa como Cabo Verde, a Angola e Moçambique.

A notícia da nomeação aconteceu dia 19 de janeiro, durante o V Congresso de Jornalistas, que decorreu em Lisboa entre 18 e 21 de janeiro. Aos jovens estudantes de jornalismo, oriundos de várias universidades do país, que integraram a redação criada propositadamente para fazer a cobertura do evento, Miguel Crespo referiu: “Não basta formar jornalistas, mas envolver os jornalistas, pois é preciso explicar o que é jornalismo para qualquer tipo de público, e portanto o Cenjor irá continuar a desenvolver o mais possível este tipo de ações”, concluiu. A foto é da autoria de Catarina Sousa, da Universidade Europeia.

Relatório sobre tendências de média: o desafio da diferenciar o jornalismo de outros conteúdos

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O documento sobre “as tendências e inovação dos média no ecossistema português e espanhol”, produzido pelo IBERIFIER e publicado no dia 10 de janeiro, aponta, além de tendências, alguns desafios à atividade jornalística. Um deles é a necessidade de o jornalismo se diferenciar de outros conteúdos e de demonstrar um maior rigor ético.

Neste campo de trabalho, “a corresponsabilização das plataformas será fundamental, bem como lutar contra a quebra de confiança nas instituições e os riscos de desordens desinformativas”, pode ler-se no relatório “Análise das tendências e inovação no ecossistema mediático de Espanha e Portugal”, que está disponibilizado em três línguas: inglês, português e castelhano e que pode ser consultado aqui: https://iberifier.eu/2024/01/10/iberifier-reports-analysis-of-trends-and-innovations-in-the-media-ecosystem-in-spain-and-portugal-2025-2030/

No que se refere a principais oportunidades na área da verificação, aponta-se o desenvolvimento de programas eficazes de literacia dos media e a eventual regulação das plataformas, a um nível macro. Em termos específicos, será possível o desenvolvimento da verificação de factos, de ferramentas de verificação com IA, e a integração da verificação e o reforço das boas práticas no jornalismo.

Nesta fase de grande hibridização de conteúdos, os peritos consideram que “os media terão de lutar mais para conservar e conquistar audiências”. Nesse sentido, os especialistas recomendam uma utilização diversificada de meios de comunicação para aproximar os conteúdos dos diferentes tipos de público.

No concreto, a tendência de informação em formato vertical e em vídeo a pensar em aparelhos pequenos como telemóveis é uma tendência que vai continuar até 2030. Um dos professores de jornalismo ouvidos em entrevista conta que os alunos preferiram a explicação de uma matéria através de um vídeo que tinha realizado durante a pandemia às suas explicações presenciais em aula, testemunhando a importância do vídeo para as novas gerações.

Este projeto foi produzido por uma equipa de 11 investigadores de Portugal e Espanha, e gerido pelo Observatório de Comunicação, OberCom, parceiro do IBERIFIER, para a parte portuguesa. Ao nível metodológico contou com duas fases: na primeira entrevistaram-se cerca de 70 académicos e especialistas de média e na segunda, através de inquérito, recolheu-se as posições de uma centena de gestores e diretores de média dos dois países.

Novo relatório IBERIFIER: IA, verificação de factos e formatos visuais entre as tendências de média para os próximos anos

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O primeiro relatório deste ano do Observatório Ibérico de Média Digitais e da Desinformação, IBERIFIER, é sobre o tema das novas tendências de média para 2025/2030. Entre as conclusões do documento “Análise de tendências e inovação para o ecossistema mediático de Espanha e Portugal”, sobressai o caminho que já está a ser percorrido no campo da Inteligência Artificial, IA, a verificação de factos para combater a desinformação – que tem ganho sofisticação -, e a aposta em formatos visuais, vídeos para alcançar os mais jovens. O relatório integral encontra-se aqui: https://iberifier.eu/2024/01/10/iberifier-reports-analysis-of-trends-and-innovations-in-the-media-ecosystem-in-spain-and-portugal-2025-2030/. Nele é possível encontrar a avaliação por temática, com algumas das declarações proferidas pelos entrevistados: do “Fact checking”, à IA, negócios, empresas, cultura jornalística, entre outros.

Esta pesquisa desenvolvida por investigadores portugueses e espanhóis foi feita em dois momentos diferentes. Primeiro, foram ouvidos através de entrevista os investigadores e peritos e depois procurou reavaliar-se essas tendências propostas, recorrendo a um inquérito proposto aos diretores dos meios de comunicação social, que estão no terreno. Uma das conclusões é que o metaverso, o uso de ambientes imersivos para divulgar informação ainda não está a ser muito considerado como nova aposta.

A síntese do relatório apresenta por temas os aspectos mais relevantes:

El observatorio IBERIFIER publica el informe “Análisis de las tendencias e innovaciones en el ecosistema mediático de España y Portugal (2025-2030)”

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El informe “Análisis de las tendencias e innovaciones en el ecosistema mediático de España y Portugal (2025-2030)” ha sido publicado hoy por IBERIFIER, el observatorio contra la desinformación en España y Portugal. Este informe estratégico es una de las contribuciones del proyecto europeo IBERIFIER, financiado por la Comisión Europea. El observatorio IBERIFIER, creado en 2021 y coordinado por el profesor de la Universidad de Navarra, Ramón Salaverría, investiga el desarrollo de los medios de comunicación y la lucha contra la desinformación en España y Portugal. Uno de los retos del informe es identificar las oportunidades que los medios pueden encontrar en las tendencias y contribuir así a su adaptación a las transformaciones del mercado. Además, también pretende alertar de los riesgos a los que se enfrentarán los medios en un futuro próximo, permitiéndoles anticiparse a los problemas y aplicar procesos de innovación. El informe ha sido elaborado por el grupo de investigación sobre Comunicación (GICOV) de la Universidad Miguel Hernández de Elche (UMH) en España, y por investigadores del Observatorio de la Comunicación (OberCom) y del Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa-Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) en Portugal, todos integrantes del proyecto europeo IBERIFIER. En el equipo de la UMH han participado los investigadores Alicia de Lara González, Miguel Carvajal Prieto, Félix Arias Robles, Alba García Ortega, Jose María Valero Pastor, Borja Quiles Morán y Jose Alberto García-Avilés como investigador principal. En el equipo portugués han participado Miguel Paisana, Miguel Crespo, Caterina Foà y Dina Margato. El informe puede consultarse y descargarse en la web de IBERIFIER en inglés, español y portugués.
Para llevar a cabo la investigación, el equipo entrevistó a 90 expertos en Portugal y España. Sus aportaciones constituyen la materia prima de este informe, junto con los datos extraídos de estudios y publicaciones especializadas. Además, una encuesta a más de 100 directivos de medios de España y Portugal que valoraron el posible impacto de las tendencias detectadas, permitió obtener una visión más amplia en cada área. El informe identifica las siguientes tendencias:

● La evolución del ecosistema mediático ibérico entre 2025 y 2030 se caracterizará por la integración omnipresente de la Inteligencia artificial (IA), con aplicaciones extensas en la recopilación, producción y distribución de contenido. La IA revolucionará los paradigmas de productividad y automatización de tareas, incidiendo en la optimización de procesos periodísticos y empresariales.

● Los directivos encuestados (90,1%) coinciden en la relevancia de las tendencias identificadas, sin distinciones significativas entre España y Portugal. La gran mayoría (94%) estima que la IA reforzará la experiencia de usuario mediante la personalización de contenidos y advierte del peligro que supondrá por su capacidad de producir estrategias de desinformación cada vez más sofisticadas. El 79% apuesta por el desarrollo de programas que promuevan la alfabetización mediática.

● El Big Data continuará su expansión como una herramienta clave para el análisis y la generación de contenido, siendo una inversión a largo plazo para empresas que buscan adaptarse a las exigencias de la economía de la atención. Por otro lado, la tecnología blockchain, la Web3 y los NFT generarán un ecosistema digital descentralizado y seguro, que revolucionará las transacciones online y la propiedad digital, ofreciendo nuevas oportunidades y modelos de negocio para el sector.

● La audiencia adquirirá un rol cada vez más activo en la demanda de interactividad y personalización en el consumo mediático. Las nuevas narrativas, apoyadas en la realidad virtual y aumentada, así como en el emergente metaverso, abren un horizonte de experiencias inmersivas y participativas. En este sentido, el periodismo tendrá que diferenciarse aún más del resto de contenidos e incrementar el rigor.

● La formación en comunicación y periodismo enfrentará el reto de mantenerse al día con estas innovaciones, potenciando las habilidades analíticas y la verificación de datos frente al avance de la desinformación. La comunicación científica, por su parte, se diversificará en canales y prácticas, con las redes sociales como fuentes principales de diseminación de información, pese a los retos de credibilidad.

● En términos de organización laboral y sostenibilidad, la adopción de la IA impulsará un cambio radical en la producción mediática, aunque con nuevos desafíos deontológicos y de sostenibilidad, como la atracción y gestión del talento creativo.

● Las redes sociales incrementarán su dominio en la distribución de contenido, obligando a los medios a adaptar sus estrategias comunicativas en un contexto de algoritmos cambiantes y saturación de información, más radical que el actual.

● La urgencia climática requerirá un plan de comunicación de carácter multidisciplinar que permita ofrecer un contenido riguroso, alejado del alarmismo, que relacione sucesos y ofrezca un mayor contexto. En este sentido, los medios deberán asumir un rol crucial en la educación y movilización de la opinión pública sobre la sostenibilidad y la acción frente al cambio climático.

● Los directivos también reafirman que será crucial crear narrativas sencillas y visuales adaptadas al consumo en redes sociales. Destacan la popularidad que ganarán los formatos de vídeos breves explicativos verticales (83%) y los de tono más natural, transparente y cercano (66%), aunque en menor medida.

● El 84% de los directivos suscribe la necesidad de producir formatos audiovisuales ágiles que logren mayor impacto en la audiencia, y el 71% apoya planes de formación que permitan implementar la IA en el trabajo periodístico. Sin embargo, pese a la predisposición de gran parte de los directivos, el 43% duda de la capacidad de las redacciones de hacer frente a los cambios disruptivos que implica la IA.

El informe refleja un panorama complejo y dinámico del sector mediático en España y Portugal, donde la innovación y la adaptación constante son claves para mantener la relevancia y efectividad de la comunicación y el periodismo.

Entrevista: “Estamos longe de saber o real impacto da IA”, afirma Miguel Crespo

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O investigador Miguel Crespo declarou à revista El Trapezio, uma publicação online dirigida às comunidades portuguesas e espanholas, que a “grande vantagem imediata da inteligência artificial, IA, é a de reduzir as tarefas industriais dos jornalistas”. Ou seja, desgravar entrevistas, auxiliar na descoberta de temas, investigação e organização de dados. De qualquer modo, “estamos longe de perceber o seu real impacto, embora saibamos que vai mudar a forma como pensamos, construímos e somos criativos”. Miguel Crespo integra a fundação do IBERIFIER e é um dos seus investigadores principais.

Na entrevista desenvolvida, Miguel Crespo explica ainda que a IA pode permitir que haja mais tempo para a parte criativa e para alcançar os públicos. Mas, mias uma vez, sublinha: “É uma questão de gestão estratégica de recursos e dos objetivos que os meios possam ter. Não podemos também esquecer os riscos que têm que ver com a desinformação e a utilização da IA por terceiros para disseminar conteúdos falsos, contra os quais o jornalismo tem de combater”. Entrevista completa: https://eltrapezio.eu/es/portugal/miguel-crespo-a-cooperacao-entre-os-meios-de-comunicacao-de-portugal-e-espanha-deve-comecar-nas-regioes-transfronteiricas_41450.html

A entrevista partiu dos dados obtidos pelo relatório IBERIFIER sobre novas tendências de média e inovação em Portugal e Espanha. https://iberifier.eu/resultados/. E analisou também as diferenças no campo dos média dos dois países.

“Nas próximas eleições, o Tik Tok poderá ser um ‘player’ tão importante como o Facebook e o Twitter”, diz Gustavo Cardoso

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A Visão fez uma matéria desenvolvida sobre a utilização do Tik Tok pelos mais jovens e revela inúmeras histórias sobre como se realiza o contacto dos jovens com conteúdos associados à direita radical. Gustavo Cardoso, responsável pelo IBERIFIER em Portugal, explica na peça publicada a 10 de janeiro, e que foi tema de capa da revista, que tem havido uma desvalorização desta rede social mas que está convencido que “nas próximas eleições, o Tik Tok poderá ser um ‘player tão importante como o Facebook e o Twitter”. https://visao.pt/edicao-impressa/2024-01-10-edicao-1610/

O professor catedrático e especialista em comunicação considera que essa adesão juvenil a conteúdos políticos também se deve à irreverência natural dos jovens. “A definição política na adolescência faz-se normalmente por oposição a algo ou alguém: é sempre contra e raramente ‘a favor de ‘”. Para os adolescentes e jovens, o discurso contra revela-se muito mais apelativo.

As redes sociais foram construídas para pessoas e não para partidos e por isso se tem assistido a uma afastamento das ideias e uma valorização dos discursos pessoais, explica ainda. O que alguns partidos estão a fazer é a utilizar esses espaços para estabelecer relações diretas com os adeptos. Para o facto de estar a sobressair a direita radical nesta plataforma, Cardoso responde que é normal que assim seja. Quem está no poder tem sempre um uso mais comedido dessas plataformas.

Patrícia Silva, investigadora da Universidade de Aveiro, explica a partir de três pontos porque é que esta plataforma está a contribuir para a expansão dos conteúdos da extrema direita. Primeiro, os discursos populistas, simples, apelam às emoções; segundo, a controvérsia de alguns temas faz deles conteúdos virais; e terceiro, saber-se da possibilidade de os eleitores poderem amplificar esses conteúdos, ao disseminaram-nos. E isto pode acontecer mesmo que esses utilizadores não sejam ideologicamente próximos das perspectivas políticas.